Saideira de hoje, que já passa da meia-noite aqui e a gente vai levantar cedo amanhã pra ir comer cochinillo (leitãozinho) em Segóvia.
Depois do bacalhau e das 2 garrafas de vinho que a gente tomou (eu e o Roni), o Xandão pilotou pra Lisboa. Aliás, no outro post eu acho que disse que tava dirigindo. Esquece, o gordo tava de motorista! Seguindo... depois do almoço, o Roni empacotou no banco de trás, apagou mesmo! Eu tomei um café depois do almoço pra tentar ficar acordade e fazer companhia pro Xandão, já que dirigir num lugar que você não conhece é ruim, mas sem navegador é bem pior!
Curtindo um som, começaram a aparecer as indicações de Lisboa: "Lisboa Norte, via ponte Vasco da Gama". Veja bem: com o Roni dormindo, sobraram 2 Flamenguistas no carro. Reação óbvia? "Vasco da Gama é o caralho! Vai pro inferno... vamos por aqui!".
Chegamos em Lisboa, pagamos pedágio numa ponte altamente fashion, estilo Golden Gate. E fomos procurar albergue... tem um perto do aeroporto, outro (...), ali! Placa de indicação do aeroporto... esse tem estacionamente? Belê, vai esse mesmo! Andamos um bom tanto pra chegar perto do aeroporto. Ai tinha indicação de uma estação de trem... Aqui, perto dessa estação tem um! E vamos nós pra estação. Chegamos perto da estação, sem mapa, sem idéia de onde ir, procedimento padrão: parar num buteco, tomar uma cerveja e pedir informação. Funciona que é um espetáculo... desde que você não esteja em Portugal. Putaqueopariu... os caras fazem uma zona com endereçamento. Nem eles mesmo se acham direito... a gente andou quase meia hora pra achar o albergue, isso estando num raio de uns 500m dele... praticamente um algoritmo de busca binária.
Achamos o albergue... legal, limpo, arejado e lotado! Por esses dias estava começando o Rock in Rio - Lisboa... a gente chegou à conclusão que o rio em questão deveria ser o rio Tejo. :-) A tiazinha do albergue, super simpática, se prontificou a procurar outro pra nós. Os de Lisboa estavam lotados, mas em Almada tinha um... a cidade era colada em Lisboa, só que do outro lado do Rio. Um outro senhor deu as dicas de como fazer pra chegar em Almada... fica do outro lado do rio, mas não por essa ponte daqui, é pela 25 de Abril, que fica mais longe... vai pra lá, fica nessa avenida sempre até chegar na ponte. Fácil!
A saber: A ponte perto (que não era a que a gente deveria usar) era a Vasco da Gama... se tivesse ido por esse caminho, tinha caido do lado do albergue! (até nisso a porra do vasco me atrasa a vida!) Fomos pro albergue... depois de andar pra caralho, o que a gente encontra? Se você falou "A ponte por onde a gente chegou", acertou! Demos uma puta volta pra cair na mesma entrada da cidade!
Em Almada, teve ainda mais uma hora pra achar o albergue. A porrta do map24 não tinha o endereço certo e a gente foi procurar um perto, chegando ali a gente perguntou sobre uma tal de "Quinta do Bucelinho"... era o que tava escrito no endereço! E ninguém tinha ouvido falar... e a gente, pra ser sincero, nem sabia com que caralho se parece uma quinta. Pra variar, o bom e velho procedimento padrão! Só demoramos um pouco pra achar um boteco... pelo endereço ninguém sabia, mas depois de perguntar por "Morada Jovem", "Albergue Juvenil" e mais uma meia duzia de nomes que eles usam pra definir um albergue da juventude (ou hostel, na maioria dos outros lugars que a gente passou), um dos bebão de fé do buteco resmunga algo de lá, o outro resmunga de cá e o garçom puxa um mapinha e mostra: "Vocês estão aqui! Vocês precisam chegar aqui!"... Claro como cristal... no final da rua virava a esquera, numa avenida que a gente tinha passado, passava do ponto onde a gente tinha se perdido e na primeira rua que dava, virava à direita... depois, não tinha mais pra onde ir, a não ser o albergue.
Agradecemos, tomamos mais uma e fomos pro albergue! Pra fechar com chave de ouro, o albergue tinha vista pro rio e pra ponte 25 de Abril... a vista e as fotos que a gente tirou a noite valeram o porre que foi achar ele!
Tem mais coisa dai pra frente, mas fica pra outra hora!
Boa noite, boas festas e tudo de bom!